Explosiva denúncia na CPMI do INSS: o advogado Eli Cohen afirmou nesta segunda-feira (1º) que o Banco BMG teria construído seu império sobre um esquema sistemático de fraudes em empréstimos consignados para aposentados, iniciado em 2005.

“O Banco BMG é o campeão das fraudes. Só cresceu do que era — quatro agências — para o que é hoje por conta dos consignados fraudulentos”, disparou Cohen, ao ser questionado sobre a participação da instituição nos golpes contra beneficiários do INSS.

Segundo ele, o esquema envolvia contratos com empresas de telemarketing e a atuação do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, além do ex-vice-presidente do BMG, Márcio Alaor de Araújo — apelidado de “Papa do Consignado”. Hoje, Alaor se apresenta em seu site oficial como “especialista em consignado” e ocupa cargo de direção no PicPay.

De acordo com Cohen, os bancos tinham pleno conhecimento de que estavam liberando empréstimos fraudulentos. “É um estilo que perdura desde 2005 e continua até hoje”, afirmou.

A CPMI apura descontos ilegais que, segundo Polícia Federal e CGU, já somariam R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

O outro lado
Em nota, o Banco BMG repudiou as declarações, dizendo que “as afirmações não correspondem à verdade” e que os empréstimos consignados “sempre foram realizados dentro da legalidade”. A instituição disse ainda manter normas internas rigorosas e instaurar procedimento interno para apurar eventuais irregularidades de terceiros.

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