Banco do Brasil monta estratégia contra efeitos da Lei Magnitsky e pressões dos EUA

O Banco do Brasil (BB) está montando um plano de contingência para lidar com os efeitos da Lei Magnitsky, após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ter sido incluído na lista de sanções dos Estados Unidos em julho. O objetivo é blindar operações internacionais da instituição e resguardar clientes de eventuais restrições adicionais.
De acordo com a Bloomberg, o BB — maior banco de capital misto do país — já aciona escritórios de advocacia nos EUA para alinhar estratégias jurídicas. O governo federal, principal acionista da instituição, também encomendou análises técnicas sobre os métodos usados por Washington na aplicação das penalidades.
Com 50 mil clientes nos EUA e escritórios em Nova York e Miami, o banco avalia transferir parte das operações para outras unidades no exterior, caso as sanções se intensifiquem. A preocupação central é evitar impactos sobre transações em dólar, já que o Office of Foreign Assets Control (OFAC), órgão responsável por aplicar a lei, notificou bancos brasileiros nesta semana pedindo explicações sobre como estão cumprindo as medidas.
O Banco do Brasil afirmou em nota oficial que todas as suas operações seguem rigorosamente o marco legal e regulatório dos países em que atua. A instituição também reiterou “compromisso absoluto com o cumprimento das leis brasileiras e internacionais”, destacando sua presença de mais de 80 anos no mercado externo.
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