Memória de Gerlano Primo, empresário que marcou Patos, é esquecida pela cidade
A ingratidão, tão bem retratada nos “Versos Íntimos” de Augusto dos Anjos como uma companheira inseparável, (veja Vídeo) parece ter atingido a memória de Gerlano Primo, magnânimo empresário da inesquecível Rede de Supermercados Primo. A ausência de registros na imprensa paraibana, incluindo a de Patos, sobre sua partida para a eternidade reflete um esquecimento que não faz jus à sua importância para a cidade.
Gerlano foi um verdadeiro exemplo de cidadania e espírito humanitário. Sempre disposto a ajudar quem lhe procurava, ele gerou empregos e riquezas por meio de suas atividades econômicas, especialmente na Rede Primo. No entanto, como tantas empresas brasileiras, seu negócio foi afetado pela política de juros altos, que inviabilizou suas operações e levou ao fechamento da rede. Ele se tornou mais uma vítima desse modelo econômico implacável que arrasta empresas e empresários para o abismo.
É um dever de consciência pública reconhecer sua trajetória vitoriosa e o legado de amor e solidariedade que Gerlano deixou. Mas, como tantas vezes ocorre, a história se encarrega de esquecer os bons.
A Prefeitura de Patos, por meio do prefeito Nabor Wanderley, deveria ter prestado uma homenagem oficial à altura de seu legado. Além disso, a Câmara Municipal poderia denominar uma das novas avenidas da cidade com seu nome, perpetuando a memória de alguém que tanto contribuiu para o desenvolvimento de Patos.
É lamentável que seja necessário cobrar dos representantes políticos o mínimo de reconhecimento a figuras que fizeram a diferença na história da cidade. Gerlano Primo merece mais do que o silêncio. Ele merece ser lembrado como um exemplo de cidadania, empreendedorismo e generosidade.
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