A saída do empresário Francisco Buega Benevides Gadelha da presidência da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP), após 30 anos no cargo, foi marcada por polêmicas e escândalos. Encerrando um longo ciclo à frente da instituição, Buega deixou o posto pelas “portas dos fundos”, como previsto por antigos aliados, e enfrenta diversas contestações sobre sua gestão.

Apesar de ser aconselhado por amigos próximos a permitir uma transição normal de liderança para outro membro do Conselho Institucional da FIEP, o ex-presidente optou por resistir, insistindo em sua candidatura à reeleição. Ele utilizou estratégias que, segundo críticos, sustentaram seu domínio sobre a presidência durante três décadas consecutivas.

As denúncias mais graves contra Buega Gadelha envolvem suspeitas de desvios e má administração de recursos do Sistema S.

As contas de 2022 já foram reprovadas pelo Conselho da FIEP por maioria de votos e estão sendo questionadas na Justiça. Há quem acredite que uma auditoria mais ampla, abrangendo gestões anteriores, poderia revelar irregularidades ainda mais significativas.

Entre os casos mais emblemáticos está o destino de quase R$ 1 milhão, supostamente destinado à construção de casas para vítimas de enchentes no estado. Perguntas importantes permanecem sem resposta: onde estão as casas? Qual empresa executou as obras? E como esses recursos milionários foram efetivamente aplicados?

A necessidade de uma investigação profunda e imparcial é evidente. Caso injustiças tenham sido cometidas, elas precisam ser corrigidas. E se os desvios financeiros forem confirmados, os responsáveis devem ser exemplarmente punidos. O legado de três décadas de liderança na FIEP não pode ficar à sombra de suspeitas e escândalos.

* O blog disponibiliza o espaço para representantes do citado possa se pronunciar, se tiver interesse.