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Patos,17/05/2025

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Enxaqueca custa R$ 170 bilhões por ano ao PIB Brasileiro

Falta de informação, medo e vergonha são obstáculos enfrentados por pacientes com a doença

Teva
Enxaqueca custa R$ 170 bilhões por ano ao PIB Brasileiro

A enxaqueca é uma das doenças que acometem mais pessoas no mundo; ainda assim, continua menosprezada e confundida por boa parte da população como “apenas uma dor de cabeça”. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)¹, a doença acomete mais de 32 milhões de pessoas apenas no Brasil. O número representa duas pessoas em cada 13 e, mais alarmante, uma delas esconde a doença até mesmo dos familiares e amigos mais próximos.

 

A empresária Marina Goulart, de 43 anos, enfrenta a doença desde a adolescência. “Antes do diagnóstico, eu passava o dia tomando analgésicos. Já cheguei a tomar sete por dia”, conta. “Não é fácil contar para as pessoas que você está passando por uma crise. Há preconceito com os pacientes e as pessoas não sabem que a enxaqueca é uma doença. Já enfrentei situações em que precisei parar de trabalhar por não aguentar encarar a tela do computador, mas permaneci por medo do julgamento dos meus colegas. Sentia que as pessoas me olhavam como se eu estivesse de má vontade e com preguiça de entregar as minhas tarefas e a forma que eu encontrava para trabalhar era me medicando descontroladamente”, completa.

 

O relato de Marina representa uma realidade oculta, mas enfrentada diariamente por milhões de pessoas no Brasil e no mundo que convivem silenciosamente com a doença e seus sintomas: dor de cabeça intensa, náusea, vômitos e sensibilidade a luz e sons. Segundo a OMS, as dores de cabeça, categoria que inclui a enxaqueca, são a terceira principal causa de anos de vida ajustados à deficiência (DALYs), um índice que quantifica o fardo das doenças em uma população. Infarto e demência ocupam as primeiras posições dessa lista, respectivamente. Além disso, segundo pesquisa apresentada no Migraine Trust International Symposium (MTIS) sobre o impacto da enxaqueca em seis países da América do Sul, Ásia e Austrália, 51% dos pacientes escondem que têm a doença: 62% deles não contam para os colegas de trabalho, 37% escondem dos amigos e 27% não se abrem nem com o cônjuge2.

 

O medo, vergonha e desconhecimento sobre a doença, também prejudicam a busca por especialistas e tratamento adequado. Artigo científico publicado no The Journal of Headache and Pain mostra que, do surgimento dos primeiros sintomas até procurarem um especialista3, os pacientes de enxaqueca demoram, em média, 17,1 anos. “As pessoas tomam analgésicos porque entendem que estão com dor de cabeça e que esta é a solução. O problema é que este tipo de medicação não é indicada para o tratamento da enxaqueca e, ao invés de solucionar um problema, o comportamento apenas posterga a procura por um especialista e o início do tratamento adequado, contribuindo para o aumento do tempo e da intensidade das crises”, comenta o médico neurologista e presidente da Associação Brasileira de Cefaleia em Salvas e Enxaqueca (Abraces) e Presidente eleito da Sociedade Internacional de Cefaleia, Dr. Mario Peres.

 

A enxaqueca não tem cura, mas é controlável. Peres explica que existem vários tratamentos possíveis e é por isso que ir ao médico é primordial. “Cada paciente receberá um tratamento individualizado de acordo com as suas principais queixas e sintomas, dentre tratamentos não farmacológicos como farmacológicos.”

 

Fora o impacto social, a doença gera prejuízos até mesmo o PIB dos Países. Segundo a pesquisa "Impacto socioeconômico das principais doenças em oito países da América Latina"5, realizada pelo instituto WifOR GmbH, o Brasil é o segundo país mais afetado pela enxaqueca na América Latina, atrás apenas da Argentina. Apenas em 2022, o Brasil perdeu 1,6% do PIB, cerca de US$ 30 bilhões ou R$ 168 bilhões, devido à doença. “Na faixa etária entre 5 anos e 19 anos, a enxaqueca é a doença mais comum e, na faixa de 20 anos a 59 anos, a população adulta, é a segunda. Ou seja, a doença afeta diretamente a fase mais produtiva da vida e é a principal causa de incapacidade no mundo4”, destaca Peres.

 

Sobre a Teva Brasil

A Teva está entre as maiores farmacêuticas do mundo e é atualmente a maior fabricante de medicamentos genéricos. Temos colaboradores em mais de 60 países que desenvolvem, produzem e entregam o maior portfólio mundial de medicamentos para mais de 200 milhões de pessoas todos os dias a fim de melhorar a vida de pacientes ao redor de todo o planeta. Acreditamos que a experiência em saúde deve incorporar empatia, humanidade, dignidade e compaixão. Saiba mais em www.tevabrasil.com.br.

 

SOBRE A ABRACES

Fundada em 2006, a ABRACES é uma entidade civil, sem fins lucrativos, dedicada a melhoria da qualidade de vida dos que sofrem com cefaleias. Somos uma Associação formada por pacientes e profissionais de saúde que atuam para promover conscientização do impacto pessoal, profissional e socioeconômico causado pelas cefaleia em salvas e enxaqueca, educação de paciente para melhor controlar as dores de cabeça e lutar por melhores políticas públicas e direitos a quem convive com essas cefaleias.

 

Dores de cabeça são uma das principais causas de incapacidade, falta ao trabalho, e perda da qualidade de vida. Cefaleia tensional e enxaqueca são as duas doenças neurológicas mais prevalentes no mundo, na frente de do AVC, Alzheimer e Parkinson. Apesar do enorme impacto, cefaleias recebem pouquíssima atenção das políticas públicas de saúde.

 

A ABRACES defende o acesso a saúde dos que sofrem com cefaleias. Acreditamos que os que tem cefaleias precisam saber o que tem. A partir disto, sabendo o seu diagnóstico, que possam ter acesso ao tratamento, e que este tratamento seja adequado e resolutivo, e o impacto da doença seja reduzido. Todos precisam estar engajados para que essa cadeia de desafios tenha sucesso.

 

A medicina avança a cada ano, novas descobertas são divulgadas, novos tratamentos surgem. A ABRACES é uma associação independente que se compromete com a melhor e mais justa implementação de novos tratamentos e o melhor manejo dos recursos. Para isso, articulamos com entidades de vários segmentos da sociedade, agências reguladoras, empresas, associações médicas, poder público, lutando sempre pelo ator principal da cena, o cidadão que sofre na pele com o problema.

 

Nada mais importante que materializar este nosso compromisso pautado em regras bem definidas, estruturando o nosso código de conduta, ratificando o nosso respeito ao mais alto teor ético, de transparência e independência, para que permaneça a legitimidade e longevidade desta causa nobre.




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