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Patos,08/06/2025

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Deputado Branco Mendes cobra espaço no governo e expõe contradições em sua atuação política

Redação
Deputado Branco Mendes cobra espaço no governo e expõe contradições em sua atuação política Foto: Reprodução

O deputado estadual Branco Mendes (Republicanos) vive um momento de tensão política que expõe sua incoerência como parlamentar aliado do governo estadual. Apesar de ter se beneficiado amplamente da estrutura e do apoio da gestão do governador João Azevêdo ao longo de seus mandatos, o deputado agora ensaia um rompimento, movido principalmente por interesses eleitorais próprios.

Com uma trajetória legislativa marcada por pouca expressividade, o deputado demonstra preocupação com a própria reeleição. Em vez de buscar renovação de propostas e reconexão com sua base, tem preferido atacar o governo que o sustentou politicamente, exigindo mais espaço, atenção e, em especial, controle sobre recursos — o que, na prática, significaria "as chaves dos cofres públicos" para viabilizar sua permanência na Assembleia Legislativa.

Branco Mendes não está sozinho nesse movimento. Outros parlamentares, igualmente preocupados com suas chances nas urnas, também passaram a criticar o governo, alegando falta de atenção aos seus pleitos. Curiosamente, as críticas surgem em meio a rumores de que secretários estaduais poderão disputar vagas no Legislativo, o que teria gerado ciúmes e acusações de “invasão” em redutos eleitorais.

O discurso de indignação, no entanto, esbarra na realidade dos investimentos promovidos pelo governo justamente nas regiões que esses parlamentares representam. No caso de Branco Mendes, o Litoral Sul e parte do Sertão vêm sendo contemplados com obras e ações nas áreas de infraestrutura e serviços sociais. Apesar disso, o parlamentar raramente usa a tribuna para reconhecer os avanços, preferindo agora se colocar como vítima de desatenção.

Os protestos, portanto, soam casuísticos e oportunistas, motivados mais pela disputa de poder interno do que por compromisso com a população. O próprio presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, tem incentivado os deputados a aumentarem a pressão sobre o Executivo, transformando a relação institucional entre os Poderes em uma barganha eleitoreira.

O governador João Azevêdo, diante dessa pressão, enfrenta o dilema de manter a governabilidade sem ceder à lógica do “toma lá, dá cá”. A resposta ética e republicana seria não entregar a máquina do Estado a interesses pessoais ou partidários, e sim manter o foco na gestão pública de resultados.







Branco Mendes e os demais parlamentares descontentes deveriam concentrar esforços em convencer o eleitorado por mérito próprio, com trabalho e propostas, e não por meio de chantagens políticas. O jogo eleitoral exige coerência, e quem não a tem, dificilmente encontrará respaldo nas urnas.




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