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Patos,02/05/2025

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Morre Luiz Antonio Mello, o idealista que colocou o rock brasileiro no dial e mudou a história do rádio

Com informações de G1
Morre Luiz Antonio Mello, o idealista que colocou o rock brasileiro no dial e mudou a história do rádio

A morte do jornalista e radialista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos, ocorrida nesta terça-feira (30), marca o fim de uma era — mas também reacende a memória de um dos momentos mais revolucionários da música brasileira. Entre 1982 e 1984, foi sob seu comando que a Fluminense FM, também conhecida como "A Maldita", transformou-se no principal trampolim para o rock nacional emergente.

Seria exagero dizer que Luiz Antonio Mello sozinho foi responsável pelo estouro do rock brasileiro nos anos 1980. Mas também seria injusto subestimar seu papel decisivo nesse processo. Nascido em Niterói (RJ), Mello era movido por um idealismo radical, que encontrou nas ondas do rádio um canal para dar voz a uma nova geração de músicos que já não se encaixava na estética dominante da MPB.

Foi ele quem, em 1º de março de 1982, colocou no ar a Fluminense FM — uma rádio de estrutura precária, mas de espírito ousado. Pela primeira vez, nomes como Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha e Biquini Cavadão ganharam espaço em uma emissora comercial, ainda quando suas músicas circulavam apenas em fitas demo.

“Ele abalou as estruturas”, escreveu Frejat em homenagem nas redes sociais. Mello desafiou as gravadoras, os padrões do rádio tradicional e as convenções do mercado musical ao apostar em uma juventude criativa que ensaiava nos porões e se apresentava em espaços como o Circo Voador.

LAM, como também era conhecido, deu palco, microfone e legitimidade a um movimento que explodiria nos anos seguintes. Em paralelo à rádio, ele registrou essa saga no livro A Onda Maldita (1982), uma espécie de diário da resistência cultural. A história inspiraria também o documentário A Maldita (2019), de Tetê Mattos, o livro de Maria Estrella Rádio Fluminense FM – A Porta de Entrada do Rock Brasileiro nos Anos 80 (2005) e o filme Aumenta que Isso Aí É Rock’n’Roll (2024), no qual Mello foi interpretado por Johnny Massaro.






Luiz Antonio Mello morreu de parada respiratória enquanto se preparava para fazer um exame médico. Lutava contra uma pancreatite. Sua partida encerra um capítulo essencial da história da música brasileira, mas deixa no ar um legado de coragem, irreverência e amor pelo som que pulsava fora do mainstream.




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