Seja bem-vindo
Patos,09/07/2025

  • A +
  • A -

Dia do Oncologista: Câncer: cuidar é também combater a desinformação

leia58.blog
Dia do Oncologista: Câncer: cuidar é também combater a desinformação

[Editado por: Marcelo Negreiros]


O câncer desperta atenção, curiosidade e, muitas vezes, medo — sentimentos que, frequentemente, estão ligados à desinformação e a preconceitos que persistem.

Com o envelhecimento acelerado da população brasileira, a incidência dessa enfermidade tem aumentado, e a previsão é que, em poucos anos, o câncer se torne a principal causa de morte por doença no Brasil.


A medicina tem avançado significativamente na prevenção, no diagnóstico e no tratamento do agravo. Hoje, estima-se que cerca de 40% dos casos poderiam ser evitados. Quando o tumor é identificado precocemente, as chances de cura aumentam consideravelmente.


Progressos importantes têm sido conquistados no contexto do tratamento: nas cirurgias, com técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia e a robótica, que reduzem a agressividade da intervenção; na radioterapia, com tecnologias mais precisas, que diminuem as sequelas; e nos tratamentos sistêmicos, com a introdução da imunoterapia e das terapias-alvo, que aumentam a eficácia e reduzem a toxicidade.


Contudo, no imaginário coletivo, o câncer continua sendo visto como uma sentença de sofrimento e de morte. Nesse cenário, o oncologista assume o papel de profissional acolhedor e também de alguém que combate o medo com o conhecimento, transformando a incerteza em clareza.




+ Leia também: “Depois do parto, descobri que o câncer tinha se espalhado pelo meu corpo”


Em cada consulta, tem a responsabilidade de desfazer mitos, explicar exames, orientar decisões e, acima de tudo, devolver ao paciente o protagonismo sobre a própria saúde.


Também traduz o vocabulário técnico da medicina em uma linguagem compreensível, empática e útil. Isso vale tanto para quem já está em tratamento quanto para quem precisa se prevenir.


No Dia do Oncologista, celebrado em 9 de julho, é importante reconhecer esse lado fundamental da prática: o compromisso com a educação, não apenas do paciente e de seus cuidadores, mas de toda a sociedade.




A informação, quando compartilhada de forma clara e acessível, não apenas humaniza o cuidado, mas também salva vidas. Educação em saúde é uma ferramenta poderosa de equidade.


Em um país onde muitos diagnósticos ainda acontecem em estágios avançados, é urgente que o oncologista atue também como agente de conscientização: falando sobre prevenção, fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce.


+ Leia também: Que médico cuida do câncer de mama?


Esse trabalho não se limita aos consultórios. Está nas palestras, nas redes sociais, nas campanhas públicas e, sobretudo, na disposição constante para o diálogo.




Combater o medo do câncer é, em grande parte, enfrentar o desconhecimento que o cerca. E essa é uma batalha diária, enfrentada com paciência e dedicação por oncologistas em todo o Brasil, mesmo diante de desafios como a desinformação nas redes sociais e o acesso desigual à saúde e à educação.


Neste 9 de julho, que a celebração da data sirva também como reconhecimento a esse papel silencioso, mas fundamental, de educador. Porque informar é cuidar, e todo cuidado começa com a confiança entre quem sabe e quem precisa entender para enfrentar a doença.


Acolhimento e humanismo jamais serão substituídos por qualquer inteligência artificial.




*Roberto Gil é médico oncologista e diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA).





[Redação]


Source link






COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.