Leonardo Gadelha: o eterno candidato de aluguel que ninguém leva a sério

“Gadelha nunca mais.” Nunca mais é exagero, mas a verdade é que dificilmente Leonardo Gadelha, servidor do Senado e figura conhecida mais pela verborragia do que por votos, voltará a conquistar uma cadeira de deputado federal. Brilhante em conhecimentos gerais, sim. Mas péssimo no trato com o eleitor, e isso a urna não perdoa.
Filho do ex-senador Marcondes Gadelha – um tribuno respeitado, mas também marcado por contradições históricas –, Leonardo carrega um sobrenome pesado. O pai, que no MDB posava de resistência contra o regime militar, acabou rasgando seu discurso para se eleger senador pelo PDS, partido que dava sustentação justamente à ditadura. A mancha permanece até hoje como sombra sobre o clã Gadelha.
Leonardo é fruto desse caldo de contradições. Desde 2010, reaparece como pré-candidato a deputado federal, sempre embalado e financiado pelo tio Dalton Gadelha, empresário milionário e dono de empreendimentos respeitados como a Facisa e o Hospital Rep. Mas, apesar da “carta de fiança” familiar, o roteiro é sempre o mesmo: concorre, promete e perde.
Agora, mais uma vez, ele ressurge com a velha cantilena do “dessa vez é pra valer”. Mas ninguém acredita – nem ele próprio. Fontes do Podemos confidenciam que sua candidatura serve apenas para somar votos à legenda. Em outras palavras: Leonardo virou candidato de aluguel, figurante de luxo em uma eleição que já começa perdida.
É triste constatar que um sobrenome que já teve peso na política estadual e nacional hoje se arraste apenas como lembrança. Leonardo Gadelha, que já ocupou cadeira de deputado estadual e federal, merece mais do que ser reduzido a mero coadjuvante. Mas, pelo visto, continuará repetindo a sina: reaparecer a cada eleição para terminar engolido pelas urnas – e pelo esquecimento.
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