João Azevêdo sem voz: Adriano Galdino dá rasteira em Deusdete e pode entregar vaga no TCE à mãe de Hugo Motta

Mais um capítulo da novela do fim melancólico do governo João Azevêdo. O poderoso presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, não apenas negou o pedido do governador para apoiar o secretário Deusdete Queiroga na vaga do Tribunal de Contas do Estado (TCE), com a aposentaria do conselheiro Fernando Catão, como já teria oferecido a indicação ao todo-poderoso da Câmara Federal, Hugo Motta. E a escolhida de Hugo não é qualquer nome: trata-se de sua própria mãe, Ilana Motta, servidora do Tribunal do Trabalho e herdeira do clã da matriarca Francisca Motta.
O recado de Galdino foi direto e cru: João não manda nada, só assina o que os deputados decidem. O governador perdeu a rédea do jogo há muito tempo. Hoje, quem de fato controla os rumos da Paraíba são os caciques Adriano Galdino, Hugo Motta e, de quebra, Aguinaldo Ribeiro. João, coitado, já virou peça decorativa da Granja Santana, apenas aguardando abril para abandonar o Palácio da Redenção e tentar a sorte em uma candidatura ao Senado que até seus aliados consideram duvidosa.
E mais: a jogada de Adriano tem preço. Ao entregar a Hugo Motta a vaga do TCE, cobra em troca respeito e reconhecimento à sua pré-candidatura ao governo em 2026. Quer que a disputa interna seja definida por pesquisas, colocando seu nome contra o do vice-governador Lucas Ribeiro. Em outras palavras, Galdino não negocia, impõe.
Enquanto isso, João Azevêdo assiste à cena calado, engolindo sapo atrás de sapo. A recusa ao nome de Deusdete Queiroga, homem de sua confiança, escancara o desprestígio do governador no fim de sua gestão. A realidade é dura: a caneta até pode estar na mão de João, mas a tinta é de Adriano.
E se a futura conselheira do TCE for mesmo Ilana Motta, preparem-se para mais uma cena humilhante para o governador. No xadrez político da Paraíba, João já virou peão. O jogo é de Galdino e Motta.
Tchau, tchau, João.
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