Orbán acusa STF de ‘arma política’ ao condenar Bolsonaro: ‘caça às bruxas’ antidemocrática

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, fez críticas contundentes contra o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que a decisão configura uma perseguição política.
Em postagem no X (rede social antes conhecida como Twitter), Orbán declarou que “em todo o mundo a esquerda está usando os tribunais como arma para esmagar líderes conservadores”. Ele classificou a pena aplicada a Bolsonaro — 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe, organização criminosa e outros delitos — não como justiça, mas como uma “caça às bruxas política” antidemocrática.
A resposta não tardou: Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, agradeceu o apoio de Orbán, chamando de “simplesmente inacreditável” o que considera uma perseguição.
Essa manifestação do premiê húngaro se soma a outras em que ele já havia criticado decisões do Judiciário brasileiro, acusando-o de agir como “ferramenta de medo, não de Justiça”.
Especialistas e opositores do governo de Bolsonaro, por outro lado, denunciavam previamente que o julgamento estava sendo conduzido dentro do marco legal, que o STF considerou haver provas suficientes para os crimes imputados, e que a condenação foi resultado de um processo judicial complexo. (Até o momento das reportagens, não encontrei um posicionamento oficial do STF respondendo diretamente às acusações de Orbán.)
A repercussão internacional do caso evidencia como decisões judiciais de alta repercussão no Brasil ultrapassam fronteiras, mobilizando lideranças políticas estrangeiras e levantando debates sobre a separação de poderes, o uso político do Judiciário, e o risco de polarização transnacional.
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