Trombose registra mais de 200 novos casos por dia no Brasil

[Redação]
A data de 16 de setembro é marcada pelo Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, e chama a atenção para a gravidade da doença e para a necessidade de conscientização da população.
A trombose ocorre quando um coágulo sanguíneo obstrui uma veia ou artéria, dificultando a circulação. A forma mais comum é a trombose venosa profunda, geralmente nas pernas, que pode evoluir para embolia pulmonar, uma condição grave e potencialmente fatal. “É uma doença silenciosa, que muitas vezes só é descoberta quando já trouxe complicações sérias. Por isso, precisamos ampliar a informação e reforçar as medidas de prevenção”, afirma o cirurgião vascular da Santa Casa de São José dos Campos, José Flavio Botelho Domingues Neto.
Entre os principais fatores de risco estão a imobilidade prolongada, as cirurgias, o uso de anticoncepcionais, a obesidade, o tabagismo, a gestação, a idade avançada e o histórico familiar. No entanto, a doença não se restringe apenas a idosos ou pessoas com doenças crônicas. “A trombose pode acontecer em diferentes faixas etárias. Porém, gestantes, pacientes hospitalizados ou em recuperação de cirurgias estão entre os grupos mais vulneráveis”, explica o especialista.
Os sinais de alerta incluem inchaço repentino, dor, calor e vermelhidão nas pernas. Em casos mais graves, quando o coágulo se desloca, podem surgir falta de ar súbita, dor no peito e palpitações. “São sintomas que não podem ser ignorados. O atendimento rápido faz toda a diferença para evitar complicações graves”, reforça o Dr. José.
Hábitos que ajudam a prevenir a trombose
A prevenção, segundo o médico, pode ser feita com atitudes simples e acessíveis. “Manter-se ativo, beber bastante água, evitar longos períodos sentado ou deitado e não fumar são medidas que reduzem muito o risco de trombose”, orienta. Além disso, em viagens longas ou durante períodos de imobilização, recomenda-se levantar-se, caminhar, alongar as pernas e, quando indicado pelo médico, usar meias de compressão.
O diagnóstico é realizado pela avaliação clínica, associada a exames de imagem, como a ultrassonografia com doppler venoso, capaz de identificar coágulos e direcionar o tratamento. “A boa notícia é que, quando diagnosticada precocemente, a trombose tem tratamento eficaz. O maior desafio ainda é garantir que a população reconheça os sinais e procure ajuda a tempo”, concluiu.
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