O líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), protocolou requerimentos de convocação dos ministros Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) e Sidônio Cardoso Palmeira (Secom) para que esclareçam o eventual uso da máquina pública na “campanha de ódio” do PT.

Ele quer saber se o governo participa da “promoção de uma campanha digital de viés partidário e narrativa de ódio de classe, intensificada com a campanha ‘Taxação BBB’”. Outro requerimento requer informações do governo sobre a campanha petista.

Em nota, Zucco afirma que a estratégia do governo de colocar “ricos contra pobres”, sob o suposto pretexto de justiça tributária, “já começa a apresentar efeitos perigosos”. Ele cita o caso de um professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) que sugeriu, nas redes sociais, o uso da guilhotina contra a filha menor de idade do empresário Roberto Justus. Trata-se, segundo ele, de “um episódio chocante, que revela o grau de radicalização e degradação do debate público promovido por essa campanha”.

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“Isso ultrapassou qualquer limite aceitável. Quando a estrutura do governo é usada para fomentar ódio e alimentar a ideia de que adversários devem ser eliminados, os radicais se sentem autorizados a agir. O caso do professor da Uerj é apenas a face mais visível dessa tragédia anunciada”, afirmou Zucco.

Zucco afirmou que os requerimentos de convocação foram baseados em reportagens que revelaram gastos com impulsionamento digital e a mobilização de mais de 270 influenciadores alinhados ao governo em reuniões com o Palácio do Planalto. A estratégia tem utilizado hashtags como #CongressoInimigoDoPovo, sugerindo que a responsabilidade pelas dificuldades econômicas do país seria exclusivamente do Legislativo.

Zucco ainda afirmou que “o PT está promovendo a maior campanha institucionalizada de fake news e discurso de ódio da história recente”. “Usam dinheiro público para financiar influenciadores, manipular emoções e atacar o Congresso e a oposição. Estamos reagindo com firmeza: exigimos explicações, responsabilização e o fim imediato desse aparelhamento criminoso da comunicação pública”, completou.

Os requerimentos visam a esclarecer o uso de recursos orçamentários, canais institucionais e servidores públicos em campanhas de propaganda disfarçada, de caráter nitidamente eleitoral, o que pode configurar desvio de finalidade, improbidade administrativa e abuso de poder.

Ele também disse que “a esquerda, que se dizia vítima de fake news, agora virou a maior produtora de mentira e ódio do Brasil”. “Atacam empresários, demonizam quem produz, jogam povo contra povo. Estão destruindo os pilares da convivência democrática e tentando transformar o Brasil em um campo de guerra ideológica.”

A expectativa é que os requerimentos avancem com rapidez, dada a gravidade dos fatos e a crescente preocupação da sociedade com os rumos autoritários da comunicação institucional, afirma a assessoria de Zucco.